Não foi um tremor de terra. Não foi uma bomba que caiu perto.
Apenas uma ruína, sinal do tempo.
Em Alpiarça.
Um trecho do «Poema do alegre desespero»
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio,
e os poemas de António Gedeão.
Compreende-se.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.
Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.
E o nosso sofrimento para que serviu afinal?»
(Ainda vamos em 2011... Lembrei-me para que serve o sofrimento provocado pelas guerras a propósito da recente guerra à Líbia)
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