segunda-feira, 21 de março de 2011

Poema do alegre desespero no Dia Mundial da Poesia, 2011

Não foi um tremor de terra. Não foi uma bomba que caiu perto.
Apenas uma ruína, sinal do tempo.
Em Alpiarça.

Um trecho do «Poema do alegre desespero»

«.../ e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio,
e os poemas de António Gedeão.
Compreende-se.
Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.
Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.

E o nosso sofrimento para que serviu afinal?»


(Ainda vamos em 2011... Lembrei-me para que serve o sofrimento provocado pelas guerras a propósito da recente guerra à Líbia)

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