«É tão bom ser pequenino,
ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
e ter quem goste de nós
Vem cá José Manuel,
dás-me a graciosa ideia
De Jesus da Galileia,
a traquinar no vergel
És moreninho de pele,
como foi o Deus menino
Tens o mesmo olhar divino,
ai que saudades eu tenho
Em não ser do teu tamanho,
é tão bom ser pequenino
Os teus dedos delicados,
nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas,
a voejar nos silvados
E como tu sem cuidados,
também já corri veloz
Vem cá falemos a sós,
dum caso sentimental
Quero dizer-te o que vale,
ter pai, ter mãe, ter avós
Ter avós afirmo-te eu,
perdoa as imagens minhas
É ter relíquias velhinhas,
e ter mãe é ter o céu
Ter pai assim como o teu,
te dá o pão e o ensino
É ter sempre o sol a pino,
e o luar como rouxinóis
Triunfar como os heróis,
e ter esperança no destino
Tu sabes o que é esperança,
o sonho, a ilusão, a fé
Sabes lá o que isso é,
minha inocente criança
Tu és fonte na pujança,
teu rio que chegou à foz
Eu sou ante tu após,
que saudades, que saudades
A gente a fazer maldades,
e ter quem goste de nós»
e esperando placidamente, as soluções plácidas para os seus anseios e inquietações furiosas
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Ser pequenino
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário