
Sei do que falas
quando falas de amoras silvestres,
de abrunhos azedos,
de figos a rirem-se
quando os olhámos, inabilitadas.
Sei do que falas
Quando lembras caminhos
Percorridos a pé.
Por companhia, os cheiros das ervas
Que os nossos pés pisaram.
Sei do que falas
Quando lembras infâncias
- A tua e a dos teus.
Com brilho nos olhos
Próprio das lágrimas.
Sei do que falas
Quando falas do caminhado,
Porque por ido, não volta.
Mas sempre que quisermos
Fugiremos até lá.
quando falas de amoras silvestres,
de abrunhos azedos,
de figos a rirem-se
quando os olhámos, inabilitadas.
Sei do que falas
Quando lembras caminhos
Percorridos a pé.
Por companhia, os cheiros das ervas
Que os nossos pés pisaram.
Sei do que falas
Quando lembras infâncias
- A tua e a dos teus.
Com brilho nos olhos
Próprio das lágrimas.
Sei do que falas
Quando falas do caminhado,
Porque por ido, não volta.
Mas sempre que quisermos
Fugiremos até lá.
Lisboa, 1953
Dedicado a Margarida Bogalho, por causa das Amoras
1 comentário:
Guidinha do meu coração!
E eu estava já aqui, como que à espera...
Foi com os olhos rasos de àgua que cheguei ao fim da leitura do texto.
Maravilhosoooooooo e a imagem a documentar as amoras da minha felicidade.
Sinta-se abraçada minha amiga virtual pelo bem que me faz conhecê-la a si que deve ter um coração GRANDIOSO.
Beijinho no seu coração e muita paz para todos.
Margarida Bogalho
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