sexta-feira, 20 de julho de 2007

Dia de anos

Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos, que tolo!
Ainda se os desfizesse,
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez a mesma tolice
Aqui o ano passado...
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo. Coitado!

Não faça tal; porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa; que, em suma,
Não fazer coisa nenhuma,
Também não lhe aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los queira ou não queira!



Nota: Dedico este poema a:
- meu Irmão, que não quer fazer anos, tal como o poeta
- ao Primo Zé Maria, que em Lourdes, França, comemora hoje o octogésimo sétimo aniversário. Parabéns Primo Zé. Salut

2 comentários:

Margarida disse...

Guidinha adoro este poema, no dia de anos meus ou de outros lembro-me sempre dele, é um encanto.
bjs da avó guida (de férias )

Vitória disse...

LIndo,adoro este poema e João de Deus,patrono do meu ofício-professora!
Beijinho.:)