
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul
2 comentários:
Este poema fez-me recordar a minha infância, a infância dos meus filhos. Nos dias de verão, quando há amoras íamos passear à mata, apanhar amoras, fazer (enfiadas) de amoras, eu colhia flores do campo, todas lindas , às vezes encontrávamos abrunhos ou aburinhos como chamo às ameixas bravas, (bravas de tão azedas), que nos deixavam a boca amarga, os figos que nas figueiras ficam a sorrir para nós que passamos nos carreiros das matas. E agora, esta saudade, ao visitar o teu blog, deu-me uma vontade enorme de repetir tudo, e de te abraçar, pela emoção que provocam em mim os teus textos, ou os textos que escolhes para divulgar ideias e pensamentos.
Agradeço de coração.
bjs da avó guida
Só agora, ao vir aqui postar um poema, li este seu comentário. A partir de hoje vou tratá-la por "tu".
Sei do que falas quando falas de amoras silvestres e de abrunhos e de figos.
Eu é que agradeço este teu comentário.
Beijo.
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